O texto Motivação no Trabalho de Narbal Silva e Sônia Maria Guedes Gondim traz algumas das principais teorias que tratam da motivação no ambiente de trabalho. A saber: as teorias X e Y de McGregor, a pirâmide de Maslow, etc. Por que, os autores perguntam, o que motiva o funcionário X não necessariamente irá motivar o funcionário Y?
Derivada do latim motivus, que significa mover, esta expressão passou a ser usada para denominar tudo aquilo que faz cause a sensação de querer mover. Ou seja, a teoria da motivação é a teoria da ação. Motivação, portanto, pode ser definida como uma ação dirigida a objetos. Mas, como sabemos, o que motiva uma pessoa não necessariamente irá motiva uma outra pessoa. Sendo assim, cada sujeito responderá aos estímulos que correspondam com suas expectativas. Há aqueles, por exemplo, que fazem hora extra no trabalho visando uma promoção e reconhecimento do chefe (elementos intrínsecos). A motivação, nesse caso, é a ascensão para um cargo maior e o reconhecimento do líder. Por outro lado, há quem fique até mais tarde no trabalho pensando apenas em receber pelas horas extras trabalhadas (elementos extrínsecos), sem intenção diretamente para uma promoção. Esses dois casos diferem por que no primeiro caso a motivação é direcionada para o reconhecimento do outro de que se está fazendo um bom trabalho e por isso, o funcionário merece uma promoção. No segundo caso, a única intenção do funcionário é conseguir um pouco mais de dinheiro. As motivações, portanto, são de diferentes ordens.
O desafio para o Psicólogo organizacional é conseguir identificar como cada funcionário trabalha. Ou seja, o que motiva cada um dos funcionários da empresa. Esta tarefa, além de dispendiosa, enfrentaria grandes dificuldades devido à variedade de subjetividades ali envolvidas. Cabe ao Psicólogo ou ao próprio líder – inclusive por que este último pode servir de objeto motivacional – promover ações que beneficiem a todos, utilizando-se de estímulos comuns a todos. Por exemplo, garantir um ambiente de trabalho confortável, garantir a segurança destes funcionários, etc. além de tentar captar qualquer sinal de não motivação por parte de um funcionário. Estes sinais podem ser observados através da linguagem corporal.
Os sinais não verbais (expressão corporal) emitidos pelos funcionários podem ser indicadores de emoções positivas e/ou negativas. É muito mais provável que um funcionário insatisfeito deixe transparecer na sua postura, através de um olhar vago e expressões faciais apáticas esta insatisfação do que ver este mesmo funcionário chegar à sala do chefe e confessar a sua não motivação. Perceber estes sinais, portanto, é de fundamental importância. E o quanto antes, mais rápido e mais eficaz será o trabalho de (re)motivar este funcionário.
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