segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PSICOLOGIA INSTITUCIONAL E PROCESSO GRUPAL





A nossa vida humana é demarcada pela vida em grupo. Estamos o tempo todo relacionando com outras pessoas. Mesmo quando estamos sozinhos, a referência de nossos pensamentos são os outros. Raramente encontramos uma pessoa que viva completamente isolada, mesmo o eremita levará para o exílio voluntário, suas lembranças, seu conhecimento, sua cultura. Por encontrarmos determinantes sociais em qualquer circunstância humana, podemos afirmar que toda Psicologia é, no fundo, uma Psicologia Social.
Talvez seja por isso que nossas vidas encontram sempre uma certa regularidade, que necessária para a vida em grupo.
Dada a importância da vida dos grupos ( e em grupo) e do processo de institucionalização, estes dois temas têm se destacado ultimamente no campo da Psicologia Social. O primeiro é recorrente e pode-se dizer que, apesar de sua atualidade, é um tema clássico. Estamos falando da Psicologia dos Grupos, a qual preferimos chamar de Processo Grupal. O segundo tema – Psicologia Institucional – sói é encontrado na literatura especializada a partir da metade do século 20.

O Processo de Institucionalização

O processo de institucionalização, de acordo com Berger e Luckmann – autores muito usados para definir como se dá a construção social da nossa realidade – começa com o estabelcimento de regularidades comportamentais. As pessoas vão, aos poucos, descobrindo a forma mais rápida, simples e econômica de desempenhar as tarefas do cotidiano. Vamos imaginar o homem primitivo: no momento em que começou a ter consciência da realidade que o cercava, ele passou a estabelecer essas regularidades. Um grupo social que vivesse, fundamentalmente, da pesca, estabeleceria formas práticas que garantissem a maior eficiência possível na realização da tarefa

Instituições, Organizações de Grupos

A instituição é um valor ou regra social reproduzida no cotidiano com estatuto de verdade, que serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas, em geral. A instituição é o que mais se reproduz e o que menos se percebe nas relações sociais. Atravessa, de forma invisível, todo tipo de organização social e toda a relação de grupos sociais. Só recorremos a estas regras quando, por qualquer motivo, são quebradas ou desobedecidas.
Se a instituição é o corpo de regras e valores, a base concreta da sociedade é a organização. As organizações, entendidas aqui de forma substantiva, representam o aparato que reproduz o quadro de instituições no cotidiano da sociedade. A organização pode ser um complexo organizacional – um Ministério, uma Igreja, uma empresa, uma creche de uma entidade filantrópica. As instituições sociais serão mantidas e reproduzidas nas organizações. Portanto, a organização, é o pólo prático da instituições.

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